sexta-feira, dezembro 02, 2005

Migalhas de amor...

Sempre fui um leitor da Revista TPM e não posso negar que gosto muito dos textos veiculados mensalmente na "Coluna do Meio", de Milly Lacombe, principalmente pelo fato de eu muito me identificar com o que ela escreve. Hoje eu lia um texto em que a colunista fala sobre as vezes em que ela sofreu por e de amor.
Gostei tanto deste texto que tomei a liberdade de copiar a idéia de Milly Lacombe e falar sobre as vezes em que eu sofri de amor.
A primeira vez em que eu sofri por amor, foi aos 11 anos, por uma bela menina chamada Karla, mas isso foi apenas uma paixonite sem muita relevância para mim. Já a minha segunda vez, foi aos 14 anos, por uma garota chamada Daniela e foi uma paixão tão forte, que eu cheguei ao ponto de achar que eu só seria feliz se estivesse ao lado desta garota. Sabe quando sentimos aquela paixão dolorida, que faz com que nós percamos peso, fiquemos tristes, choremos por tudo? Pois foi bem assim que eu me senti, mas isso também era um dos platonismos de adolescente...
Hoje, aos 24 anos, eu continuo sofrendo por amor. Estranho não? Amor que eu sequer posso demonstrar, gritar para todo mundo ouvir em alto e bom som, amor errado, amor pecaminoso, amor inconvencional... É como se eu não tivesse aprendido a(s) lição(ões).
Bizarra (e por que não ridícula?) essa idéia estranha que eu tenho de que a minha felicidade está ao lado de alguém. A felicidade não pode vir de fora, mas sim de dentro. Em um de seus textos, Lacombe fala sobre as migalhas da felicidade e conclui dizendo que a felicidade jamais ocorre em estado contínuo -- só em migalhas. Engraçado como isso faz sentido. Não adianta ficar à procura da felicidade constante, pois ela é tão efêmera, que quanto mais a buscamos, mais distantes dela nós ficamos.
Pois bem, essa conclusão tão "radical" me leva a outra pergunta que não se cala: o que fazer quando as migalhas já não são mais suficientes?