Desenhos (des)animados

Hoje em dia, alguns anos após a tão famosa década de 1980, os desenhos animados americanos perderam o lugar para os -mons japoneses. A criançada do final da década de 1990 e meados da década de 2000 prefere assistir às sessões de input de violência e massacres em Digimon, Pokémon, "Icagumon", "Xongamon" e outros mons que fazem parte dessa cultura.
Lembro com saudade da maleta do Gato Félix, que era super parecida com a bolsa que Raquel -- a protagonista de A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga Nunes -- carrega em sua tenta
tiva de se tornar escritora. Lembro-me das loucuras dos Animaniacs, do Pica Pau, dos personagens de Tiny Toon. Enfim, lembro-me com saudade do tempo em que os desenhos animados não educavam as crianças para a violência. É tão ruim ver crianças praticamente se degladiando nas escolas, só porque um Nhacamon ou um Bobomon faz isso no desenho...

Faço minhas as palavras de Mário de Andrade em seu Prefácio Interessantíssimo ao dizer que "Sou passadista, confesso." Mas prefiro um passado mais doce, em que a infância não era regada a sangue, mortes, seqüestros e outros temas apresentados pelos animes japoneses.
2 Comments:
acho que a gente tem mania de look at the past through rose-coloured glasses, mas enfim.... ;)
ola ola :)
o pior é saber que nossos pais falavam o mesmo do Pernalonga, Tom & Jerry [hiper violentos :), pô, uma marretada na cabeça? - não é um "bobomon" mas...], e Corrida Maluca... pra geração anterior, um pião, ou brincadeiras com a turma [piques, roda], eram mesmo mais interessantes que a TV.
temo pela geração que ainda virá. o que serão? o que terão?
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