sexta-feira, junho 24, 2005
sábado, junho 18, 2005
Um ideal!
(Esse post foi publicado primeiramente no meu blog e tem um caráter bastante pessoal. No entanto, achei de boa fama trazê-lo para a revista também, como uma reflexão para todos aqueles que ainda acreditam em sonhos) Acabo de assistir Diários de Motocicleta, filme de Walter Salles sobre a viagem de Ernesto Guevara e seu amigo Alberto Granada pela América do Sul. Apesar de não ter muito talento para crítica de cinema, considero o filme do diretor brasileiro muito bem feito em todos os sentidos que pude observar.
O ator Gael Garcia Bernal é Guevara e Rodrigo de la Serna é Granada (mas isso todo mundo já sabe posto que fui a última dos seres viventes a ver essa linda obra) – perdoem-me caso não tenham gostado do filme...rs rs. Enfim, o que quero realmente dizer com esse post é que o filme muito me tocou no sentido de que ainda acredito em um ideal que se encontra há anos luz da nossa realidade. Como eu queria poder sonhar e, mais que isso, poder viver momentos de prosperidade e sucesso em toda parte do nosso país e dizer que a corrupção não é mais um bloqueio para o desenvolvimento justo e belo da nação (digam o que quiserem, mas o Brasil é uma nação e uma pátria – falo isso porque uma vez um professor que muito admiro até hoje nos disse que tal afirmação não poderia ser proferida). Alguns já me ouviram dizer que penso em seguir carreira política e me aventurar nas rédeas de um governo (embora desacredite que isso um dia irá acontecer) e momentos de reflexão como esses (assistir um filme que mostra as inspirações de Che Guevara para revolucionar a América) me fazem ser um alguém que existe dentro da minha alma que não tem oportunidades para por em prática as exaltações que borbulham lá dentro. Sei que construo períodos longos, mas eles me estimulam a uma escrita mais clara toda vez que sento ao computador para colocar em letras as aflições e anseios de um pobre coração que se encontra sem rumo nesses dias. Voltando ao tópico que escolhi, queria dizer que sinto falta de revolucionários que sonham alto e não exprimem covardia ao construir lutas significativas para a história da humanidade. No entanto, penso que o que mais me desmotiva a lutar por ideais que ainda regam meus pensamentos é a maldade inerente ao coração do homem que o impede de mostrar a benevolência que certamente existe em uma câmara secreta dentro desse mesmo coração. Sinto que meu texto contém motins pessoais e está carregado de raivas que não estou conseguindo reter dentro de uma esfera passiva e tranqüila. Mesmo sendo má tantas vezes e não dotada de uma capacidade de amar as pessoas ao meu redor como eu gostaria, meu senso de justiça se encontra bastante aguçado e tem me levado a questionar o meio que vivemos de uma maneira mais agressiva e incisiva. A maldade que opera reinante me angustia e me entristece a face até as lágrimas.
Sei que Guevara não foi um líder repleto de honestidade e justiça, mas sei que poucos desafiaram a deixar a maldade de lado e fazer sobressair à beleza do conhecimento da raça humana benévola. Tenho muito medo do que possa acontecer a cada dia que passa. As pessoas me assustam imensamente quando tenho que lidar com elas numa posição de ataque ficando minha fragilidade transparentemente visível por quem está por perto. Sinto pena das que não consigo perdoar e daquelas que afundam num abismo da própria corrupção sem perceber que a vaidade e dureza do orgulho corrompem as mentes mais atentas para as circunstâncias derredores. Tudo o que posso concluir de meu texto um tanto quanto senso comum (só não perco para Arnaldo Jabor – quanta baixa auto-estima, quem pode me livrar dela? Socorro!) é que não tenho forças o suficiente para aceitar as situações do jeito em que elas se encontram e nem para aquietar e deixar que o tempo cuide delas (ele apenas esconde debaixo do tapete tudo o que mais cedo ou mais tarde nos acarretará prejuízos na alma doente). Eu sou o tempo que agora opera e não posso mais chorar sozinha sem tentar alcançar um ideal que me consome como fogo abrasador. Não sei até onde conseguirei chegar, mas prometo que não desistir será minha palavra de honra, por mais que os fracassos superem as vitórias que almejo.
Guevara morreu muito novo e não pode lutar o tanto que quis. Farei o meu melhor até o meu fim. |
quinta-feira, junho 16, 2005
Sobre a hipocrisia
domingo, junho 12, 2005
Dia dos (Ex-)Namorados

terça-feira, junho 07, 2005
A poesia da rotina
Monteiro Lobato!
sexta-feira, junho 03, 2005
Exactly Like You
quinta-feira, junho 02, 2005
Inveja!
Cheguei da academia agora a pouco e me deparei com a revista VEJA dessa semana. Um ponto de vista da escritora Lya Luft me chamou a atenção e gastei alguns minutos lendo e refletindo sobre o que ela disse em sua coluna intitulada O feio vício da inveja. A autora discorre sobre fatos corriqueiros do nosso dia a dia em que nunca estamos contentes e satisfeitos quando vemos que alguém próximo a nós tem uma vida feliz e de sucesso. Quase nunca conseguimos aceitar que casamentos felizes existem e pessoas conseguem obter o sucesso almejado e desfrutar de momentos alegres e prazerosos. É sempre difícil ver a própria vida com algo completo. Parece que alguma coisa vai estar continuamente faltando na nossa breve existência. Ela também se remete ao fato de que a crítica aos autores brasileiros é bastante acirrada e que eles são inferiorizados diante da produção literária estrangeira e que pessoas que se debruçam em comprar best-sellers são majoritariamente pessoas fúteis e que não sabem escolher boas leituras. Apesar de achar que algo bastante chato aconteceu com Lya Luft em relação às suas produções que a levou a escrever essa coluna para alivias as tensões, tenho que admitir que concordo com suas palavras e que me encaixei em alguns aspectos mencionados por ela, tais como o fato de nunca estar satisfeito consigo próprio e também de concordar com a visão dela sobre o que é dito sobre os autores nacionais pela mídia que massacra. Bem, preciso deixar vocês porque o tempo e as responsabilidades não se importam se estou cansada ou não e querem a minha presença ativa para contribuir com a sociedade em que vivemos (somos trabalhadores sim!!! mas digo isso com ironia em meus pensamentos). Espero que se divirtam com a leitura, tanto do meu texto como com o da revista. |