
As idéias aparecem em meio a um turbilhão de imagens. A auto-afirmação enclausura uma situação-problema. Às vezes existe uma possibilidade. Às vezes surge um texto idiota cheio de idéias e de auto-afirmações. Simple estava em constante expectativa..
Suas idéias estavam como um burburinho aos ouvidos. Um livro na mão marcado com uma dobra bem ao meio. Ele encontra-se em um parque, savana ou algo parecido. É sua mente...
Está no metrô. Encontra-se submerso em vermes, vírus... metais; critica a modernidade...
"A modernidade é identificada com a “difusão dos produtos da atividade racional, científica, tecnológica, administrativa [...]”, sendo assim, com o processo de racionalização há o predomínio do “exercício da racionalidade instrumental”. Touraine faz referência às noções de secularização e desencanto formuladas por Weber e ao que o sociólogo considera como o fim da história, mostrando que a modernidade se caracteriza pelo “desenvolvimento produzido pelo progresso técnico”. Neste processo de secularização e ruptura com os laços sociais da tradição, Deus foi substituído pela ciência (TOURAINE, 1994: 18). Há um tipo de sociedade racional fundamentada no uso da técnica e da ciência em diversos ramos da sociedade, como o governo e a administração das instituições e empresas.
A racionalização é definida como uma “obra da própria razão, da ciência, da tecnologia e da educação”. Os laços sociais, costumes e crenças foram rompidos. No Ocidente, a modernidade veio a ser vista como uma revolução e “crítica às formas de organização social que não se baseiam no conhecimento científico” (TOURAINE, 1994).
O movimento Iluminista exige, sobretudo, a “transparência da sociedade”, criticando as formas despóticas de poder. Liberdade e igualdade são consideradas como ideais universais e o Iluminismo ainda propõe um tipo de educação que proporcione a libertação e a emancipação do homem (TOURAINE, 1994: 20), além da proposta de substituição do poder arbitrário da moralidade religiosa pelo conhecimento oriundo da ciência. Touraine considera que os regimes comunistas também propuseram um tipo de governo baseado na ciência: o socialismo científico. Entretanto, o caráter racional e humanista dos regimes comunistas e até das sociedades democráticas é questionado por Touraine. É possível afirmar que “há uma racionalidade no consumo de massa?” (1994, p.22).
A modernidade é definida como a “tentativa de libertar o homem de todo pensamento dualista (Deus, alma, lei divina)”. A concepção utilitarista caracteriza a modernidade, tendo em vista que o bem passa a ser considerado como “o que é útil à sociedade” enquanto o mal é visto como “o que prejudica a integração social”. O homem passou a ser considerado como o próprio fundamento do bem e do mal. No contrato social, o indivíduo deve ser submetido à vontade da coletividade. A cidadania torna-se um valor supremo. Touraine faz referências às concepções teóricas acerca da política em Hobbes e Rousseau. Ambos fundamentam suas perspectivas políticas “sem recorrer a princípios religiosos” (TOURAINE: 1994, 24). No entanto, segundo Touraine, Rousseau não leva em consideração as relações sociais e nem a existência dos atores sociais, considerando a vontade como um princípio que legitima a ordem política. A noção de soberania está relacionada com o corpo social. O corpo social é soberano e o poder político se fundamenta na vontade geral. As noções de bem e mal estão correlacionadas com a visão do que é “útil ou nocivo ao funcionamento e sobrevivência do corpo social” (TOURAINE: 1994).
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