domingo, junho 12, 2005

Dia dos (Ex-)Namorados

Hoje eu quero falar sobre o amor. Na minha concepção, amor é um sentimento forte, puro, inocente. Algo que muita gente pensa já ter sentido. Quem me dera, poder acreditar em um amor tão forte como o de Tristão e Isolda, ou Romeu e Julieta. Enfim, um amor tão belo que transcende os limites da vida. Infelizmente, eu sou do tipo que já acreditou piamente no amor, mas após algumas desilusões, adotei um ponto de vista um tanto cético acerca desse tema. Acho que todas as pessoas deveriam assistir a um filme nacional -- muito bom, por sinal --, chamado Pequeno Dicionário Amoroso. Aquilo sim, é uma ótima definição de amor. Logo no início, José Wilker diz que amor é um sentimento que não dura mais que um ano ou setenta e duas cópulas; o que chegar primeiro. Em seguida, o filme apresenta a vida amorosa de um jovem casal que se conhece em um cemitério. O interessante é que essa vida amorosa é apresentada através de verbetes que vão desde o Amar até o Zerar. E o mais impressionante é que isso é a mais pura verdade. No início tem-se a caça, as coisas em comum, as coincidências, o desejo, etc etc etc. No final, tem-se a perversão, a tristeza, a saudade, até que tudo chega no zero e o amor acaba. O filme traz o que eu posso chamar de Raio-X do amor. Os casais apaixonados usam uma expressão que me causa desgosto. É um tal de dizer "eu te amo" que eu fico até assustado. Após minhas desilusões, concluí que soa melhor dizer "eu estou com você", ou "eu gosto da sua companhia", enfim, coisas mais sutis. Afinal, se o amor é visto como um sentimento eterno, uma pessoa não pode sair atirando um monte de Eu te amo's por aí. Eu entendo o amor como algo que só se sente uma vez. Deste modo, é um tanto precipitado dizer que se ama alguém. É mais correto e mais racional dizer que se está apaixonado por alguém, uma vez que as paixões são efêmeras, vêm e vão. Bom, acho que é só isso. Assistam Pequeno Dicionário Amoroso. No filme está a minha concepção daquilo que chamam amor. Posted by Hello

3 Comments:

Blogger marcus murilo said...

ah, já vi esse filme. eu me lembro de ter gostado dele, mas já faz tanto tempo que eu nem me lembro mais do que se trata! hohoho... :)

de qualquer modo, eu não acho que só se pode se sentir amor uma vez na vida não. acho que você pode sentir ele de maneiras diferentes, entretanto. sei lá... é só uma opinião, né. ;) mas também concordo que agora todo mundo "ama" todo mundo muito facilmente... acho q já até vi uma comunidado no orkut do tipo "eu te amo o caralho!" hehehe...

domingo, junho 12, 2005 7:53:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Eu acredito em paixão, para mim amor é um sentimento construído à partir da paixão mas que predominantemente formado pelo respeito mútuo. Poucos amores duram para sempre pois nós não sabemos respeitar o outro e por isso os relacionamentos costumam ser tão efêmeros.

segunda-feira, junho 13, 2005 3:47:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

acredito no amor, sim. no amor, como algo real e profundo, não como paixões efêmeras. talvez tenha experimentado paixões e achou que eram amor, ou amou sem ser amado. e concordo q o amor não é eterno, por isso temo sq aproveitar antes q acabe. temos q liberar nossos desejos, nossas emoções, e qdo chegar o fim ele terá sido muito bom, espetacular.

abraços

terça-feira, junho 14, 2005 10:13:00 AM  

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