terça-feira, junho 07, 2005

Monteiro Lobato!

Estava aqui a pensar sobre meu próximo texto aqui na revista e decidi escrever algumas linhas sobre Monteiro Lobato, já que estamos estudando sua vida e obra na matéria de literatura infanto-juvenil. Apesar de não ter tido acesso às suas obras quando criança, muito ouvi falar sobre ilustre autor. Lembro-me mais de ter lido vários livros de Maria José Dupré, contemporânea de Lobato e autora muito elogiada por ele.
Conhecido pelas histórias de D. Benta, Emília, Narizinho (suas personagens femininas são de importância vital para suas histórias, principalmente em O Sítio do Picapau Amarelo), Visconde e Pedrinho, ele foi uma pessoa que revolucionou a editoriação de livros no país no início do século XX. Não havia no Brasil uma editora sequer até aquela época quando o autor fundou a Braziliense Editora. Foi também bastante aplaudido por sua inovação na criação de ilustrações para as capas dos livros editados por ele. Até então, apenas o título e o nome do autor eram vistos na primeira imagem dos livros editados majoritariamente em Portugal.
Mas não só bons momentos viveu nosso maior autor de histórias infantis. Seus dois filhos morreram de tuberculose quando ainda eram bastante jovens e também teve várias crises financeiras, indo à falência por quatro vezes se não me falha a memória. Morreu ainda jovem, com pouco mais de 60 anos e não escreveu sua última intenção, um livro sobre o descobrimento da América cujas histórias iriam revelar o lado dos vencidos, tais como os habitantes da América Central (astecas, maias e incas).
Seus escritos também eram de uma curiosidade peculiar. Não acentuava as palavras proparoxítonas e criava as próprias regras de acentuação. Seus textos também eram regados com ironias e críticas sutis e inteligentes.
Confesso que as versões globais da obra de Lobato nunca me chamaram atenção e nunca tive oportunidades de ter um contato mais íntimo com sua literatura quando criança. No entanto, quero me deliciar com as Reinações de Narizinho e com as cartas para seu amigo Rangel, além de participar das aventuras da boneca Emília (auterego do autor).
Com certeza, Lobato será sempre um marco na nossa literatura (a boa e não a entre aspas - para quem ler as cartas isso se tornará mais claro) apesar das vozes dos críticos nem sempre tão favoráveis.
Boa leitura a todos!

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Mal vejo a hora de entrar em contato com as obras de Lobato.

Mesmo faltando a muitas aulas de Literatura Infanto-Juvenil, confesso que estou gostando muito desta matéria.

terça-feira, junho 07, 2005 8:55:00 PM  
Blogger marcus murilo said...

ah, quando eu era pequeno às vezes eu levava livros com histórias do monteira nas minhas viagens e ficava lendo no carro... eu gostava muito das histórias e tal... eu até tenho uma coleção bem grandinha de livros dele (uns de de capa azul grossa) mas nunca li a coleção...

quinta-feira, junho 09, 2005 4:14:00 PM  

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