quinta-feira, março 02, 2006

Saudade

Outro dia eu acordei movido por uma nostalgia sem fim. É estranho acordar com saudade de alguém que já se foi, de alguém que está longe, de alguém que já não existe mais. E quando sentimos saudade dos tempos de infância, dos cheiros, gostos e cores que a vida já teve? Isso causa um estranhamento, algo dicotômico, ou seja, alegria e tristeza se fundem em um só sentimento.

Como seria viver sem sentir saudade? Sinceramente, não sei. Nana Caimmy interpreta uma belíssima canção acerca do tema deste texto: Saudade de amar

Saudade daquele romance que a gente viveu
Saudade do instante em que eu te encontrei
Saudade do imenso desejo que a gente perdeu
Eu tenho é muita saudade do tempo em que amei
Saudade da força que tinham meus olhos nos teus
Eu vivo mexendo as lembranças depois desse adeus
A gente não deve sofrer por amor tanto assim
Porém todo amor mesmo breve
Eu guardo dentro de mim
Saudade de cada momento que eu lembro de cor
Só sabe de amor e saudade quem já ficou só
Saudade, eu tenho saudade
Mas não de contigo voltar
Eu vivo sentido saudade de amar
Mas o melhor mesmo é terminar este pensamento cantando Chega de saudade, do grande maestro Tom Jobim. Ah, que saudades do Tom...

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Nossa, esse seu texto caiu-me como uma luva. Por vezes me pego assim, degustando o passado, das coisas que fizemos, das coisas que não fizemos, das pessoas que amamos e daquelas que não nos permitimos amar.
Bom mesmo é cuidar do presente para que este sim vire um bom motivo para se sentir saudades.
Belíssimo blog, e pode ter certeza que já encontra-se no rol da leitura diária.
Abraços.

sexta-feira, março 03, 2006 6:44:00 AM  
Blogger Lolla said...

Nostalgia. Não é novidade para esta garotinha aqui. Ás vezes eu fico lembrando de como era bom ser criança e quanto tempo eu perdí desejando crescer. Acho que sempre será assim, acho que sempre algo do passado vem cutucar o presente.

sábado, março 11, 2006 4:50:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

realmente sentir saudade assim é privilégio de poucos. A maioria das pessoas vivem com essa dicotomia que foi citada, né?! Não tem como ser de outro jeito. Lembrar de algo que podia ter feito de tal jeito e não fez. De que podia ter dito aquela frase e não disse. De não deixar que o momento acabasse sem desejar ter feito de outra maneira...

domingo, março 12, 2006 6:22:00 AM  

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