domingo, julho 31, 2005

Diferentes sim, e daí?

Hoje assisti a uma matéria no Fantástico e fiquei chocado com o que vi. A reportagem falava sobre a criação de campos de recuperação da sexualidade e prevenção ao homossexualismo.
A idéia de Temps de Vivre é não tomar partido em nenhum tipo de causa, mas a indignação tomou conta de mim. Vejo esses campos de recuperação da sexualidade como uma espécie de revival dos campos de concentração nazista.
Se observarmos as pessoas ao nosso redor, perceberemos que o número de homossexuais é relativamente alto. Na Grécia antiga, a mulher era vista apenas como um instrumento de procriação e nada mais que isso. Na Idade Média, a homossexualidade (ou pederastia) era algo vergonhoso e preocupante e, por causa disso, os pederastas deveriam morrer enforcados ou queimados vivos.
Ser homo ou bissexual não significa ser doente, mas sim, ser diferente. Segundo Woody Allen, "Bisexuality doubles your chances of a date on a Saturday night." É preciso que as pessoas entendam que, metaforicamente, a sociedade é como os dedos da mão, ou seja, ninguém é igual a ninguém e, uma vez que as diferenças existem, nada melhor que aprender a lidar com elas.

quarta-feira, julho 20, 2005

A une fleur

Aujourd'hui je vais publier un poème écrit par Alfred de Mousset (1810-1857). Lisez-en :
A une fleur
Que me veux-tu, chère fleurette, Aimable et charmant souvenir ? Demi-morte et demi-coquette, Jusqu'à moi qui te fait venir ?
Sous ce cachet enveloppée, Tu viens de faire un long chemin. Qu'as-tu vu ? que t'a dit la main Qui sur le buisson t'a coupée ?
N'es-tu qu'une herbe desséchée Qui vient achever de mourir ? Ou ton sein, prêt à refleurir, Renferme-t-il une pensée ?
Ta fleur, hélas ! a la blancheur De la désolante innocence ; Mais de la craintive espérance Ta feuille porte la couleur.
As-tu pour moi quelque message ? Tu peux parler, je suis discret. Ta verdure est-elle un secret ? Ton parfum est-il un langage ?
S'il en est ainsi, parle bas, Mystérieuse messagère ; S'il n'en est rien, ne réponds pas ; Dors sur mon coeur, fraîche et légère.
Je connais trop bien cette main, Pleine de grâce et de caprice, Qui d'un brin de fil souple et fin A noué ton pâle calice.
Cette main-là, petite fleur, Ni Phidias ni Praxitèle N'en auraient pu trouver la sœur Qu'en prenant Vénus pour modèle.
Elle est blanche, elle est douce et belle, Franche, dit-on, et plus encor ; A qui saurait s'emparer d'elle Elle peut ouvrir un trésor.
Mais elle est sage, elle est sévère ; Quelque mal pourrait m'arriver. Fleurette, craignons sa colère. Ne dis rien, laisse-moi rêver.
Source: Recueil : Poésies nouvelles.
J'espère que vous aimez ce poème ci-dessus.

quinta-feira, julho 14, 2005

A velinha do bolo

Todos podemos ver a situação ridícula pela qual nosso país está passando. A cada dia políticos falsários caem do poder como se fossem mangas podres, despencando uma após a outra, quando balançamos uma galha da mangueira.
De fato, o Brasil está vendo a face verdadeira do partido dos “trabalhadores”, que parece que usa o poder somente para obter o que mais lhe interessa. Nós brasileiros ficamos numa situação muito complicada, pois confiamos que o Lula fosse mudar essa joça que estava o país. Depositamos tudo o que tínhamos, toda a nossa esperança naquele que prometeu milhões de empregos, caça à corrupção, reforma previdenciária, e etc. A verdade é que ele até tentou, mas percebeu que seus ideais de vinte anos atrás foram suprimidos por uma vontade que estava bem acima da dele mesmo. O PT tinha desejos que até parecem secretos, pré-planejados, com se fossem um golpe que seria dado ao longo dos quatro anos em que estariam no poder, sem que fossem descobertos.
Contudo, as mangas podres continuam a cair, e elas são muitas, muitas... E tem uma manga lá em cima – ou nem tão alto assim –, mas não temos certeza se já está apodrecida. Essa manga é Lula. Para ilustrar melhor, pensemos assim: o Brasil, como esse grande pé de mangas, é um grande bolo de aniversário. Na hora de cantar parabéns, a atração principal fica com a velinha, que pode ser de todas as cores, formas e, na verdade, serve de apresentação para o canto parabenizador e seu bolo. Todos nós olhamos fixamente para ela até – mas somente até o momento em que o aniversariante sopra a mesma. Lá se vai a vela e seu brilho. A atração agora é por conta do bolo sozinho, que vai ser comido até a última migalha. Coitadinha da vela... ninguém mais presta atenção nela... Ih..., foi jogada pro lado. Só ficou com a sujeira do glacê do bolo na sua base. Assim é Lula: a vela do bolo! É atração principal no começo, mas, depois, ninguém quer saber bulhufas dela. O bolo em si é o seu partido, o PT. Um bolo no qual pessoa alguma pode dizer quais ingredientes foram usados no preparo do mesmo.
E o pior é o seguinte: o bolo está fazendo mal para todo mundo! Quem comeu dele está sofrendo bastante de dores estomacais! Eu mesmo que optei por esse bolo estou com náuseas. Que arrependimento! Só espero que nunca mais compremos guloseimas nessa confeitaria dos infernos!
Agora a pergunta que paira no ar é a seguinte: existe remédio para tudo isso? Tem alguma coisa que possamos fazer para pararmos de passar mal com bolos? Está muito difícil, mas sempre há a medicação certa para cada tipo de dores. Acho sim que se fazem festas por demais nesse país de carnaval. Temos que diminuir a quantidade de bolos nas nossas vidas e acrescentar outros alimentos que sejam mais saudáveis para a saúde. Precisamos de alguém que entenda realmente de comidas – um personal nutritionist.
Mas e a vela? Será que ela é comestível? Será que Lula veio para ser saboreado juntamente com o restante do bolo? Sei lá! Velas, lulas... não são essenciais na nossa vida. Joga essa vela fora! As lulas também! Vamos mudar a comida mesmo! Talvez alguma ave seja melhor para digestão...

domingo, julho 03, 2005

Linguagem digital?

Outro dia um amigo meu comentou que tinha lido num blog um post cujo assunto era a linguagem empregada na Internet. Confesso que isso me deixou intrigado e eu resolvi pegar alguns indícios dos blogs que eu acesso com mais freqüência e posso dizer que fiquei impressionado.
Sei que este post pode parecer um pouco estranho e diferente dos demais escritos até hoje, mas preciso ser chulo (ou xulo?). Ao ler os blogs e buscar meus indícios, fiquei impressionado com o uso do X.
Não que eu seja o melhor escritor, mas por que a maioria dos blogueiros (que expressão feia) acha que os leitores são obrigatoriamente fãs da Xuxa? Eles adoram escrever voxê, quando não escrevem vx, moxinha etc. Ora, se o blog e para "baixinhos", não há razão para se escrever um post sobre o filme O Exorcista (The Exorcist), sobre a gripe asiática ou ainda sobre o namorado da amiga ser traído pela mesma. Se é para baixinhos, que falem sobre a Xuxa, sobre os personagens da Disney e tudo mais -- só quero dizer que não estou a subestimar os baixinhos.
Há também os telegráficos, que munidos pela impulsão lírica, como diria Mário de Andrade em seu Prefácio Interessantíssimo, começam a escrever cada vez menos e explorarem cada vez mais o sentido das palavras. Moral da história, tem-se um blog de vanguarda, ressaltando que tal vanguarda é dadaísta, ou seja, apenas palavras soltas, sem nenhum sentido, mas que para o blogueiro são a "expressão um estado de auma".
Ora, se o objetivo de um blog é não ter privacidade e se expor a tudo e a todos, que a linguagem seja pelo menos, mais clara. Nada contra expressões como vc, td, tb, c/, p/, pra, pro, até mesmo porque o internauta já está familiarizado com tais expressões. Agora usar e abusar do X e de outras coisas do tipo, é simplesmente exigir demais da paciência do leitor.
Criatividade e originalidade são as palavras de efeito quando o assunto é blog e/ou fotoblog.