sexta-feira, abril 13, 2007

E-mail científico?

Todos os dias a minha caixa de entrada é bombardeada por e-mails. São tantas mensagens (FW; FFW; RE; En; Re:Re:Fw:Enc...) que eu mal tenho tempo de lê-las. Fico a pensar no que se passa na cabeça desses e-mailers -- com o perdão do neologismo. Onde será que estas pessoas arranjam tempo para ler e encaminhar tais mensagens? Eu, particularmente, não leio. É chegar uma corrente para mim e ela se quebra.

O leitor (se é que alguém ainda lê essa revista) deve se perguntar a razão desse rascunho sobre a cultura do e-mail. Pois bem, explico. Conheço pessoas que passam horas a fio em frente ao computador apenas lendo, baixando fotos e arquivos de powerpoint e o mais incrível: encaminhando tais mensagens, achando que outras pessoas também têm tempo para ler estes "belíssimos" textos.

Mais impressionante ainda são as pessoas que acreditam na história do pobre Adam, o garoto afegão que há anos está em coma e que precisa de doações financeiras vindas de todo o mundo para que ele possa fazer uma cirurgia complicadíssima. Engraçado é que há uns cinco anos atrás eu recebi este e-mail, acreditei na história e só não doei alguns reais porque estava "liso". Pois há várias pessoas assim, ou melhor, há vários chefes assim. Chefes estes que não podem dar uma dica sem antes contar uma lição de vida (aprendida com o e-mail, é claro). Daí o título do texto: E-mail científico. Tais pessoas crêem piamente nestas mensagens e tomam-nas como verdades enunciadas

Puxa vida... Tantos livros nas prateleiras e estas pessoas adotando o e-mail como referência bibliográfica...

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